Maria Cristina Fernandes: A década do investimento empoçado

Data de Publicação: 19/03/2024


O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principal programa de investimentos do governo federal, prevê um aporte de R$ 61 bilhões em 2024, enquanto as emendas parlamentares totalizam R$ 53 bilhões. Essa “paridade de armas” reflete mudanças políticas e econômicas ocorridas desde o início da operação Lava Jato.

 

Com as crises políticas dos últimos anos, o Legislativo ganhou poder para direcionar investimentos, priorizando emendas individuais e de bancada. Isso resultou na substituição de grandes empreiteiras por empresas menores, muitas vezes sem transparência adequada.

 

Enquanto os investimentos das emendas se dispersam em obras menores, o PAC enfrenta dificuldades em avançar, como evidenciado pelo anúncio de uma etapa inicial voltada para investimentos municipais.

 

A Petrobras, peça-chave nesse cenário, está no centro de disputas políticas entre diferentes ministérios e enfrenta pressões para impulsionar o plano estratégico de investimentos.

 

Além disso, os acordos firmados pela Lava Jato com o Departamento de Justiça dos EUA têm sido controversos, influenciando empresas brasileiras e levantando questões sobre seletividade e impactos no mercado internacional.

 

Essas dinâmicas moldarão o futuro dos investimentos públicos e o legado da Lava Jato, enquanto o Brasil busca se posicionar no cenário global de forma estratégica e transparente.

 

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